Última casa tradicional da Avenida Atlântica em Balneário Camboriú
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- Balneário Camboriú, Praia Central
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Na semana do dia 08/04 se iniciou o processo de demolição da última casa de madeira da orla central de Balneário Camboriú. A emblemática casinha de madeira de cor branca e vermelha, e número 4100, que está no local há 68 anos, dará espaço para construção de um empreendimento de 12 andares.
Símbolo da colonização
O imóvel simples, construído nos anos 50 e localizado na Barra Sul, é um marco histórico, que chama atenção inclusive dos turístas da cidade. Destaque por ser um símbolo de tradicionalismo em volta ao avanço da modernidade, sua arquitetura popular segue as raízes da colonização italiana e alemã que o litoral catarinense recebeu, região onde as construções eram, em sua maioria, de madeira.
Em 1970, a casinha passou a pertencer ao patriarca da família Macedo, que faleceu em 2016. Macedo recebeu muitas propostas pela sua casa desde o início da verticalização da cidade, mas sempre foi fiel a sua aquisição e dizia que nenhum valor o faria se desfazer da amada residência. Em respeito a isso, mesmo após o seu falecimento, seus filhos seguiram preservando o patrimônio pelos anos seguintes. Lio Junior e João Neto, os herdeiros da casa, também foram vítimas das tentativas de compra de investidores e seguiram resistinto até o ano de 2023, quando a negociação do terreno foi finalizada.
Mesmo com a venda consumada no ano anterior, a família solicitou o direito de passar a última temporada de verão de 2023/2024 na casa para uma despedida. Por isso, e pela espera de todos alvarás de demolição, a obra só se iniciou em abril de 2024.
A “casinha de vó” foi construída em uma década que edifícios na orla da Praia Central ainda não eram realidade, o empreendimento pioneiro da verticalização foi o Punta Del Este, construído seis anos após a finalização da casa número 4100.
Negociação de venda
Um especialista local estima que o terreno de 139 m² seja avaliado entre 15 e 18 milhões de reais, levando em consideração a cotação imobiliária da cidade na data de negociação. A família não divulgou informações sobre a empresa que arrematou o local, nem sobre valores acordados. Mas, é transparente que o acordo inclui apartamentos para a família Macedo no novo empreendimento.
A família sempre foi reservada e tradicionalista, o que condiz com o tempo de tradição de uma casa simples em um local que passa por constante modernização.
Desenvolvimento e a verticalização
A venda da casa reafirma o avanço da região, que tem atualmente o metro quadrado mais valorizado do país, com preço médio de R$12.903,00. O progresso da cidade é benéfico para todo o Vale, tendo também cidades como Itapema, Porto Belo e Itajaí em números altos de valorização territorial, todos à frente da grande monopole de São Paulo.
Balneário Camboriú é uma região de extensão territorial consideravelmente pequena, e desproporcionalmente populosa. Como consequência, a verticalização é favorável e garante a proporcionalização entre habitantes e moradia.
A verticalização pode ser associada ao melhor aproveitamento das infraestruturas, maior eficiência e menor custo para gestão pública, como por exemplo, baixo gasto com combustível no processo de recolha de lixo, maior êxito em segurança pública e facilidade de iluminação urbana.
Assim, permite que os fundos públicos possam ser direcionados a novas propostas de cultura ou acessibilidade para os habitantes, como o projeto “tarifa zero” para ônibus em Balneário Camboriú. O programa BCBus tem benefícios como: garantir locomoção confortável e gratuita para trabalhadores de todos os bairros, aliviar o trânsito do município e diminuir a emissão de gases poluentes.
Os investimentos em shows e programas de cultura e entretenimento tem sido crescente na cidade. Mesmo fora da temporada, a gestão promove diversos festivais, teatros, shows nacionais e exposições artísticas. Além de sediar diversos eventos esportivos, tendo em seu histórico só no ano de 2024: BC Fight Week, em parceria com Abu Dhabi; Futevôlei Challenge Cup e o Mundial de Beach Tênis.
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